Sources |
- [S1] Rijksarchiefdienst (c) 2000, Wie was Wie, Wikipedia (Reliability: 3).
D. Manuel I, 14º rei de Portugal, nasceu em Alcochete a 31 de Maio de 1469 e morreu em Lisboa a 13 de Dezembro de 1521. Era filho do infante D.Fernando de Portugal, duque de Viseu, e de Beatriz, na época chamada D. Brites, princesa de Portugal.
Cognominado de O Venturoso, O Bem-Aventurado ou O Afortunado, pelos eventos felizes que ocorreram no seu reinado, designadamente a descoberta do caminho maràtimo para a àndia e a do Brasil. Foi o primeiro rei a assumir o tàtulo de Rei de Portugal e dos Algarves, d'Aquém e d'Além-Mar em àfrica, Senhor do Comércio, da Conquista e da Navegaà§à£o da Arábia, Pérsia e àndia.
Infà¢ncia e juventude
Manuel sucedeu ao primo direito Joà£o II de Portugal em 1495 de quem se tornara uma espécie de [1] e ascendeu ao trono em circunstà¢ncias excepcionais.
Durante a infà¢ncia e a juventude, assistiu à guerra de intriga e conspiraà§à£o entre a aristocracia e D. Joà£o II, muito cioso do seu poder. Alguns homens do seu càrculo prà³ximo foram mortos ou exilados, incluàndo o seu irmà£o mais velho DiDiogo, Duquque de Viseu, assassinado pelo prà³prio rei. Portanto, quando em 1493 recebeu uma ordem real de comparàªncia no paà§o, Manuel deveria estar preocupado. Mas o propà³sito de Joà£o II era nomeá-lo herdeiro da coroa, depois da morte do seu filho Afonso de Portugal e das tentativas frustradas de legitimar o bastardo Jorge de Lencastre.
Descobrimentos
Aclamado em 27 de Outubro de 1495, Manuel provou ser um sucessor à altura, apoiando os descobrimentos portugueses e o desenvolvimento dos monopà³lios comerciais. Durante seu reinado, Vasco da Gama descobriu o caminho maràtimo para a àndia (1498), Pedro àlvares Cabral descobriu o Brasil (1500), D. Francisco de Almeida tornou-se no primeiro vice-rei da àndia (1505) e o almirante D. Afonso de Albuquerque assegurou o controlo das rotas comerciais do Oceano àndico e Golfo Pérsico e conquistou para Portugal lugares importantes como Malaca, Goa e Ormuz.
Também no seu reinado organizam-se viagens para Ocidente, tendo-se chegado à Gronelà¢ndia e à Terra Nova. O seu reinado decorreu num [2].
A extensà£o de seu reinado [3].
Tudo isto contribuiu para a constituià§à£o do Império portuguàªs, fazendo de Portugal um dos paàses mais ricos e poderosos da Europa. Manuel utilizou a riqueza obtida pelo comércio para construir edifàcios reais, no que se chamaria muito posteriormente estilo manuelino, dos que sà£o exemplo o Mosteiro dos Jerà³nimos e a Torre de Belém. Atraiu cientistas para a corte de Lisboa e estabeleceram-se tratados comerciais e relaà§àµes diplomáticas com a China e a Pérsia, além de que, em MarrMarrocos, realizaram-se conquistas como Safim, Azamor e Agadir. A sua completa consagraà§à£o europeia deu-se com a aparatosa embaixada em 1513, chefiada por Tristà£o da Cunha, enviando ao papa Leà£o X presentes magnàficos como pedrarias, tecidodos e jà³ias. Dos aninimais raros, destacaram-se um cavalo persa e um elefante, chamado Hanno, doravante mascote do papa, que executava várias habilidades. Mas uma das inàºmeras novidades que encantaram os espàritos curiosos das cortes europeias da época terá sido sem dàºvida o rinoceronte trazido das àndias, que assumiu, entà£o, um papel preponderante na arte italiana.
Obra em Portugal
Na vida polàtica interna, Manuel seguiu as pisadas de Joà£o II e tornou-se quase num rei absoluto. As cortes foram reunidas apenas tràªs vezes durante o seu reinado de mais de vinte e cinco anos, e sempre no paà§o de Lisboa. Manuel dedicou-se àà reforma dos tribunais e do sistema tributário, adaptando-o ao progresso econà³mico que Portugal entà£o vivia.Manuel era um homem bastante religioso que investiu uma boa parte da fortuna do paàs na construà§à£o de igrejas e mosteiros, bem como no patrocànio da evangelizaà§à£o das novas colà³nias através dos missionários catà³licos.
O seu reinado ficará também lembrado pela perseguià§à£o feita a judeus e muà§ulmanos em Portugal, particularmente nos anos de 1496 a 1498. Esta polàtica extremista foi talvez tomada por forma a agradar aos reis catà³licos, e uma das cláusulas do seu contrato de casamento com a herdeira de Espanha, Isabel de Aragà£o.
O Massacre de Lisboa de 1506 foi uma das consequàªncias da falàªncia da polàtica pérfida de D. Manuel: primeiro as conversàµes forà§adas como uma tentativa de manter os judeus como cristà£os - e ao mesmo tempo nà£o hesitou em confiar ao seu embaixador em Roma a missà£o secreta de pedir ao papa, em 1515, a permissà£o de estabelecer a Inquisià§à£o em Portugal.
Na cultura, Manuel I procedeu à reforma dos Estudos Gerais, criando novos planos educativos e bolsas de estudo. Na sua corte surge também Gil Vicente, o pai do teatro portuguàªs, e Duarte Pacheco Pereira, o geà³grafo, autor do Esmeraldo de Situ Orbis.
Analisando-se posteriormente sua obra, verifica-se que avulta a tentativa de reforma do reino, [4].
Manuel morreu em 1521 e encontra-se sepultado no Mosteiro dos Jerà³nimos.
Descendàªncia Armas de Manuel I of Portugal, Livro do Armeiro-mor, 1509 Armas de Manuel I of Portugal, Livro do Armeiro-mor, 1509
Do primeiro matrimà³nio, com Isabel de Aragà£o, infanta de Espanha (1470–1498):
* Miguel da Paz (1498-1500), presumàvel herdeiro das Coroas de Portugal, Castela e Aragà£o
Do segundo matrimà³nio, com a sua cunhada Maria de Aragà£o, infanta de Espanha (1482-1517), a 30 de Outubro de 1500:
* Joà£o III, rei de Portugal (1502-1557)
* Isabel de Portugal (1503-1539), casada com Carlos V, Imperador da Alemanha que se tornaria mà£e de Filipe II de Espanha;
* Beatriz de Portugal (1504-1538), casada com Carlos III, Duque de Sabà³ia
* Luàs, Duque de Beja (1506-1555), condestável do Reino e Prior da Ordem de S. Joà£o de Jerusalém, pai do polàªmico D. Antà³nio, prior do Crato;
* Fernando, Duque da Guarda (1507-1534), casado com Guiomar Coutinho, Condessa de Marialva
* Afonso de Portugal, cardeal (1509-1540), arcebispo de Évora e de Lisboa.
* Maria de Portugal (1511-1513)
* Cardeal Henrique, rei de Portugal (1512-1580), cardeal, arcebispo de Braga, de Évora e de Lisboa, Inquisidor Geral, regente do reino e rei;
* Duarte, Duque de Guimarà£es (1515-1540), casado com Isabel de Braganà§a, bisavà´ de Joà£o IV de Portugal
* Antà³nio de Portugal (1516) que viveu poucos dias.
Do terceiro matrimà³nio, com Leonor da àustria (1498-1558), infanta de Espanha, irm࣠do imperador Carlos V:
* Carlos de Portugal (1520-1521)
* Maria de Portugal (1521-1577) famosa posteriormente como a mais culta das Infantas.
|